quarta-feira, 3 de novembro de 2010

ABCiber por Gabriela Gonçalves

Segundo dia do IV Simpósio Nacional da ABCiber, que aconteceu neste feriadão, lá na UFRJ - Campus praia vermelha!
Escolhi para assistir a mesa temática 5: "Educação em tempo de cibercultura: desafios para a docência online", composta por duas colegas do GPDOC: Mônica Magalhães e Helena de Sá, com seus colegas Wilson Almeida, Paulo Pereira e Tatiana Rossini.


A apresentação foi realizada na seguinte dinâmica: introdução do campo de pesquisa, no caso a Cibercultura e a docência online, para então cada integrante relatar, parcialmente, suas últimas pesquisa no campo (mestrado ou doutorado). Helena apresentou a definição de Cibercultura como transformações sociotécnicas promovidas pelo digital, além de discutir suas implicações na educação: Liberação do pólo de emissão, permitindo autoria de professores e alunos; interatividade, num processo comunicacional todos-todos, e o surgimento do conhecimento coletivo.
As pesquisas apresentadas analisaram, em geral, os desafios da docência online como:
  • tornar-se autor e afetar o outro para que este torne-se autor também;
  • transposição do paradigma da transmissão para o ambiente virtual de aprendizagem;
  • construção de um desenho didático interativo e estimulante.


Depois seguimos para a conferência "Netnografias da Transformação Social: cognição, regimes de signos e coletivos na cibercultura" com Lucia Santaella (PUC-SP), Vinicius Pereira (UERJ) e Theóphilos Rifiotis (UFSC). Novamente discutimos os conceitos de Bruno Latour para pensar redes e autoria. O que mais ficou marcado para mim nesta conferência foi uma frase de Theóphilos Rifiotis; ele discursava sobre as pesquisas e a "vontade de saber sociotécnico" quando destacou "não devemos separar a descrição da interface das análises das interações que os sujeitos realizam nela".
Então, no final da tarde, fomos prestigiar outra colega do GPDOC. Assistimos o grupo 5 do GT de Educação, onde a Rosemary dos Santos apresentou o trabalho sobre nossa formação no cineclub. Além de Rose, apresentaram outras duas participantes: Ana Terse e Maria Padilha. A primeira estuda a aprendizagem social e propõe a ruptura dos estudos sobre a aplicação das redes socias na educação para se pesquisar sobre como as aprendizagens, formais e informais, se constituem nesses espaços. A segunda trabalhou a pesquisa escolar e a questão do copiar e colar, que segundo ela não é novidade, pois já copiávamos de mídias impressas, como as enciclopédias.

Rosemary apresentando.

Ainda mais tarde, tivemos outra conferência com Barbara Szaniecki , Simone Sá e Gisela Castro. "Muito Além do Entretenimento: pontão de cultura, e subjetivação na cibercultura" tratou de pensar nas mídias como modos de subjetivação e apropriação para além da diversão, discutindo sobre as práticas de escuta, questão do ruído e do poder, apropriação sociais e mercadológicas, etc.


O evento foi muito bom, no quesito discussão téoricas/práticas/metodologicas, porém na estrutura deixou a desejar. Primeiro por ser num feriado, provocou um esvaziamento das salas, além de também colocar mesas, apresentações de trabalho, oficinas no mesmo horário, o que acaba dificultando a circulação e colaboração entre os diversos apresentadores, conferencistas e participantes.


Um comentário:

  1. Foi muito bom poder exercitar a oratória!
    Como me lembro da Méa,falando como é importante aprender a entrelaçar a teoria com a prática durante as apresentações. Tentei fazer isso em minha fala.
    Gabi, quanto ao item que colocou sobre "transposição do paradigma da transmissão para o ambiente virtual de aprendizagem" como um dos desafios da docência online, é importante salientar que o desafio é não fazer tal ação! Isto é o que normalmente encontramos nos cursos online.
    Bjs e obrigada pela sua presença. Signifcou muito para nós!

    ResponderExcluir

Deixe aqui a sua colaboração!